Audição Seletiva
Você provavelmente já ouviu alguém dizer: “Ele
não é surdo, ele tem audição seletiva.“
Mas isso existe?
Ouvir um som é bem mais simples do que interpretar
esse som. Para compreender os sons, usamos o processamento cerebral, a capacidade
que o nosso cérebro tem de receber os sons e processá-los, entendê-los.
Quando começamos a perder a audição, deixamos de ouvir
alguns sons. Com o tempo nosso cérebro deixa de processar esses sons que
deixamos de ouvir, chegando a “esquecer” que esse som existe.
Com isso, fica muito difícil entender o que as pessoas
falam, tendo em vista que o que mais diferencia as palavras umas das outras são
as consoantes, que possuem sons mais fracos e agudos. A maioria das pessoas
começa a perder a audição justamente nos agudos.
Assim, já podemos entender o que é, na verdade, a tal
audição seletiva: a pessoa ouve alguns sons e outros não. E desses sons que ela
ouve, nem todos ela entende. Então, não significa que a pessoa só ouve o que
ela quer; ela só ouve o que ela consegue.
Quando começamos a usar aparelhos auditivos, voltamos
a ouvir os sons que não ouvíamos, nosso cérebro passa a ser estimulado a
processar novamente esses sons.
Daí a importância de a pessoa com perda auditiva
procurar uma empresa séria, com fonoaudiólogos especialistas em audição e fazer
uma avaliação completa.
Sabendo quais sons a pessoa não ouve mais, a
fonoaudióloga vai indicar e regular minuciosamente os aparelhos auditivos e passará
a acompanhar de perto o progresso do tratamento.
Por isso, devemos ter sempre em mente: quem
tem perda auditiva não ouve só o que quer; ouve o que consegue.