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Audição Seletiva

16/11/2018 será que isso existe?

Você provavelmente já ouviu alguém dizer: “Ele não é surdo, ele tem audição seletiva.“

Mas isso existe?

Ouvir um som é bem mais simples do que interpretar esse som. Para compreender os sons, usamos o processamento cerebral, a capacidade que o nosso cérebro tem de receber os sons e processá-los, entendê-los.

Quando começamos a perder a audição, deixamos de ouvir alguns sons. Com o tempo nosso cérebro deixa de processar esses sons que deixamos de ouvir, chegando a “esquecer” que esse som existe.

Com isso, fica muito difícil entender o que as pessoas falam, tendo em vista que o que mais diferencia as palavras umas das outras são as consoantes, que possuem sons mais fracos e agudos. A maioria das pessoas começa a perder a audição justamente nos agudos.

Assim, já podemos entender o que é, na verdade, a tal audição seletiva: a pessoa ouve alguns sons e outros não. E desses sons que ela ouve, nem todos ela entende. Então, não significa que a pessoa só ouve o que ela quer; ela só ouve o que ela consegue.

Quando começamos a usar aparelhos auditivos, voltamos a ouvir os sons que não ouvíamos, nosso cérebro passa a ser estimulado a processar novamente esses sons.

Daí a importância de a pessoa com perda auditiva procurar uma empresa séria, com fonoaudiólogos especialistas em audição e fazer uma avaliação completa.

Sabendo quais sons a pessoa não ouve mais, a fonoaudióloga vai indicar e regular minuciosamente os aparelhos auditivos e passará a acompanhar de perto o progresso do tratamento.

Por isso, devemos ter sempre em mente: quem tem perda auditiva não ouve só o que quer; ouve o que consegue.

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