Perda Auditiva e Qualidade de Vida
A perda auditiva ocasiona prejuízos que vão além da diminuição da sensibilidade auditiva. A restrição em ouvir causa dificuldades na comunicação efetiva, tais como: falar ao telefone, ouvir a televisão, o rádio, participar de reuniões familiares, profissionais e/ou religiosas e conversar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo e/ou em ambientes com muito ruído.
O uso de aparelhos auditivos reduz a dificuldade de comunicação e possibilita que os indivíduos com perda auditiva retomem a sua vida social, participando de atividades em grupo, melhorando sua autoestima e bem-estar. Houve um avanço enorme no desenvolvimento desses dispositivos nos últimos anos: eles estão cada vez menores e a tecnologia aprimorada reduz significativamente os efeitos causados pela perda auditiva.
Além disso, muito mais do que auxiliar o indivíduo a escutar melhor, os aparelhos auditivos contribuem na manutenção da saúde mental já que a diminuição dos estímulos auditivos afeta em grandes proporções o cérebro como um todo.
Em estudo internacional publicado no Journal of the American Geriatrics Society os resultados foram incisivos: pacientes que se queixavam de perda auditiva e não usavam aparelhos auditivos apresentavam uma queda cognitiva superior à média avaliada nos testes cognitivos quando comparados aos pacientes sem queixas auditivas. Por outro lado, no grupo de pacientes com perda de audição e que faziam uso de aparelhos auditivos, a evolução dos testes cognitivos manteve-se a mesma dos pacientes sem perda auditiva.
Dessa forma, é importante que pessoas com dificuldades para se comunicar devido a perda auditiva procurem ajuda especializada o quanto antes. Restabelecer a melhor audição possível por meio de aparelhos auditivos, além de proporcionar melhor audição e compreensão da fala, pode ajudar a manter o cérebro em dia!